terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Tem gente que entende um pouco!



Propósitos e liberdade


Desde que nascemos e a nossa vida começou, não há
mais nenhum ponto zero possível. Não há como começar do
nada. Talvez seja isso que torna tão difícil cumprir propósitos de
Ano Novo. E, a bem da verdade, o que dificulta realizar qualquer
novo propósito, em qualquer tempo.
O passado é como argila que nos molda e a que estamos
presos, embora chamados imperiosamente pelo futuro.
Não escapamos do tempo, não escapamos da nossa história.
Somos pressionados pela realidade e pelos desejos. Como
pode o ser humano ser livre se ele está inexoravelmente
premido por seus anseios e amarrado ao enredo de sua vida?
Para muitos filósofos, é nesse conflito que está o problema da
nossa liberdade.
Alguns tentam resolver esse dilema afirmando que a
liberdade é a nossa capacidade de escolher, a que chamam
livre-arbítrio. Liberdade se traduziria por ponderar e eleger entre
o que quero e o que não quero ou entre o bem e o mal, por
exemplo. Liberdade seria, portanto, sinônimo de decisão.
Prefiro a interpretação de outros pensadores, que nos
dizem que somos livres quando agimos. E agir é iniciar uma
nova cadeia de acontecimentos, por mais atrelados que estejamos
a uma ordem anterior. Liberdade é, então, começar o
improvável e o impensável. É sobrepujar hábitos, crenças,
determinações, medos, preconceitos. Ser livre é tomar a
iniciativa de principiar novas possibilidades. Desamarrar. Abrir
novos tempos.
Nossa história e nosso passado não são nem cargas
indesejadas, nem determinações absolutas. Sem eles, não
teríamos de onde sair, nem para onde nos projetar. Sem
passado e sem história, quem seríamos? Mas não é porque não
pudemos (fazer, falar, mudar, enfrentar...) que jamais
poderemos. Nossa capacidade de dar um novo início para as
mesmas coisas e situações é nosso poder original e está na raiz
da nossa condição humana. É ela que dá à vida uma direção e
um destino. Somos livres quando, ao agir, recomeçamos.
Nossos gestos e palavras, mesmo inconscientes e
involuntários, sempre destinam nossas vidas para algum lugar.
A função dos propósitos é transformar esse agir, que cria
destinos, numa ação consciente e voluntária. Sua tarefa é a de
romper com a casualidade aparente da vida e apagar a
impressão de que uma mão dirige nossa existência.
Os propósitos nos devolvem a autoria da vida.


(Dulce Critelli. Folha de São Paulo, 24/01/2008)

Qual a lógica o tempo?


Tantas pessoas falam que o tempo define tantas coisas e existe um tempo para cada coisa, mas penso sobre essa lógica do tempo, ou melhor, que lógica é essa que o tempo segue. Acredito que não é a mesma lógica do relógio que está em nossos pulsos, se fosse assim tudo seria mais fácil, para esquecer seria uma hora, para lembrar seriam 24 horas, para parar de sofrer seria 1 segundo o suficiente e para ser feliz aí talvez seria a vida toda, mais de 1 bilhão de horas.


Infelizmente também existe outro jargão que não existe nada fácil, então o tempo que todos dizem não é o tempo cronológico, afff, mas será que alguém poderia me dizer que tempo seria esse?


Ainda desvendarei esta lógica temporal! Acredito que ainda tenho "tempo".

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Um primeiro dia de pensamentos


Bom, agora a noite, acredito que umas 23 horas pensei em uma coisa que venho devaneando a tempos:

- Será que realmente podemos ser livres para expressar nossos sentimentos?

- As pessoas têm medo dos sentimentos das outras?

- Será que somos preparados para recebermos a verdade?

Sobre esta questão de verdade, sobre entrega, nossa a tempos busco o melhor equilíbrio entre estes dois pilares fortes em minha vida. A questão da entrega é sempre algo tão importante para mim, mas quando espalho a rama pelo chão, a rama de sentimentos, a rama da verdade, existe por aí alguém que não terá medo de recolhê-la?

Outra questão muito pertinente é:

- Os homens realmente têm medo de mulheres fortes, decididas, verdadeiras e apaixonadas?

E ao final voltamos o tema da verdade:

- Até quando podemos acessá-la?


Bom, fica aí então colocada mundialmente as minhas dúvidas pessoais e não antropológicas ainda...

Hoje, tirei um tempo para o diário de campo da minha vida e não das atividades grupais alheias...


fim.